A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Atenção Especializada, realizou nesta terça-feira (25), a 4ª Roda de Conversa...
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Atenção Especializada, realizou nesta terça-feira (25), a 4ª Roda de Conversa: Cuidando de Quem Cuida, que debateu o tema, ‘Cada um tem seu tempo e com as crianças atípicas não é diferente’, que tratou das distinções no desenvolvimento de cada ser humano. O encontro aconteceu no auditório do Centro Municipal de Especialidades, em Engenheiro Pedreira.
As participantes puderam ter momentos de desabafo, acolhimento, troca e revelações de emoções como medos e alegrias; e ainda participar da análise da Teoria da Pipoca, proposta pela psicóloga Simone Pontes, que coordena os encontros. “Aqui fizemos uma reflexão que tem como base o preparo de um balde de pipoca. Na teoria, os milhos são todos iguais, vão para a panela nas mesmas condições e por isso todos vão estourar e se tornar suculentas pipocas. Mas, e se isso não acontecer? E o nosso encontro de hoje é para falar disso, o quando não acontece”, disse a profissional.
Segundo ela, diversas situações se apresentam que fazem com que os pais se isolem e deixem de promover a autonomia dos filhos, os servindo em tudo. “É preciso saber a importância de se promover a autonomia, e que assim como se deve ter cuidado para não queimar a pipoca, deve-se ter cuidado para não frear o desenvolvimento dos filhos”, completou Simone.
Mãe de João Pedro, de 4 anos, Gildete Bernardes se identificou com a superproteção. “Às vezes meu filho tem iniciativas, mas eu acabo por vezes contendo a vontade dele em fazer algo porque eu vou lá e faço. É o medo de dar errado e ele se machucar”, declarou a mãe do pequeno João.
Já Maria da Penha, mãe de Heitor e de outros dois filhos, relatou que as mães atípicas são iguais numa preocupação que permeia o cotidiano de todas. “Somos iguais na aflição do que será do meu filho se eu faltar? Quem vai cuidar e dar conta do que ele precisa?”, indagou a genitora, sendo seguida com a mesma inquietação pelas outras mães.
De acordo com Simone Pontes, a resposta está na busca pela autonomia, na identificação da rede de apoio, mas principalmente no ‘Cuidando de quem cuida’; em sua maioria, as mães.
Os encontros
Os encontros acontecem mensalmente, com a execução da equipe técnica e administrativa do Centro de Reabilitação Infantil (Cri) e oferece orientação psicológica, encaminhamentos, debates e cuidados assistenciais para os responsáveis das crianças e adolescentes assistidas. Nesta quarta edição, a dinâmica contou com a participação da coordenadora do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (Paismca), Ruth Valentim. “Muito bom estar aqui e aprender mais com os relatos de vocês, isso nos inspira a fazer mais e melhor sempre”, declarou.
De acordo com a subsecretária da Pasta, Tatiana Soares, é um trabalho de convencimento. "Porque as mães estão acostumadas a só saírem para atendimentos dos filhos, mas nossa preocupação é com o ser humano por trás da fortaleza da maternidade, essa pessoa precisa ser cuidada para continuar cuidando e buscando a evolução do filho. Todos os nossos esforços estão empenhados para dar o melhor suporte possível às mães atípicas da cidade”, finalizou Tatiana.
Foto: Brian Mauge
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